quarta-feira, 11 de junho de 2014

David Luiz prefere vaias a silêncio da torcida


O defensa mais caro do mundo, que hoje pertence ao Paris Saint-Germain (FRA), afirmou que é preferível que a torcida vaie do que fique em silêncio durante uma partida deste Mundial.

Faltando um dia para a Copa do Mundo de 2014, o zagueiro do Brasil, David Luiz, o defensor mais caro do mundo, que hoje pertence ao Paris Saint-Germain (FRA), afirmou que é preferível que a torcida vaie do que fique em silêncio durante uma partida deste Mundial.

“É normal. Eu particularmente não acho (injusto), sou um jogador de futebol, gosto de futebol. Quando você é criança e vê uma cadeira e uma latinha, você quer chutar para fazer golo. Você não passa, você não treina tacticamente, você quer o golo. Muitas pessoas conseguem entender, mas outras não, é natural. Então as pessoas começam a vaiar. É como dizer: ‘Ó gente, a gente não está gostando’. Eu prefiro que a torcida mostre o que está sentindo do que sentar lá na cadeira e ficar em silêncio“, disse o central ao Globoesporte.com.


Diante deste fato, o defensor falou sobre a responsabilidade de disputar uma Copa do Mundo em casa. “Sabemos da responsabilidade, do privilégio que é jogar essa Copa do Mundo. Estamos num país com 200 milhões de habitantes, que tem milhares de jogadores qualificados para estarem na selecção brasileira. Conversamos como jogador, como torcedor, como pessoas normais. Temos ansiedades, receios, confiança”, afirmou.

O central ainda apontou os principais desafios do Grupo A. “Me dá uma dimensão plena que estou disputando uma Copa do Mundo. “David, chegou a hora, chegou a hora das melhores seleções” Então seja o Eto’o, Modric, Chicharito, são três excelentes selecções que vão querer ganhar do Brasil, vão querer se classificar”.


Finalizando, David Luiz falou sobre as manifestações que seguem ocorrendo no Brasil. “Somos cidadãos, crescemos, temos nossa história. Sempre sonhei em um dia ter oportunidade de ajudar nossa nação. Não só dentro do campo, espero que o Brasil seja campeão dentro e fora do campo nessa Copa do Mundo. Desde que as manifestações aconteçam pacificamente, eu respeito. Não quero violência. Nós jogadores temos a possibilidade de sermos formadores de opinião, pode ser que consigamos ser exemplo positivo. Como podemos crescer, como podemos melhorar, como podemos sorrir juntos? É a condição social, a educação, a violência? Vamos achar um mecanismo que funcione, é mais fácil do que sair na rua revoltado. E me interesso por política, me interesso por meu país, sempre construí minha carreira lá fora, mas sempre acompanhei. E tudo porque não gosto da visão que os europeus têm sobre o nosso país, de que o Brasil é ruim. O Brasil tem inúmeras coisas para ser ótimo”, encerrou.

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