* A Bola
Falcao entra para a história com três golos numa primeira parte de uma final europeia, repetindo feito que apenas Ferenc Puskas tinha conseguido na derrota diante do Benfica (3-5) na final da Taça dos Campeões de 1962. O colombiano passa a contar com seis golos em finais europeias, depois de já ter marcado um pelo F.C. Porto, na vitória sobre o Sp. Braga (1-0), em Dublin, e outros dois no recente triunfo sobre o At. Bilbao (3-0), em Bucareste.
Uma história que o colombiano começou a escrever aos seis minutos, já depois de ter levado uma bola à trave, com um chapéu bem medido a bater Petr Cech e David Luiz numa assentada. Um golo que dava conta da total superioridade dos «colchoneros» que entraram a uma velocidade que o Chelsea nunca conseguiu suster, sentindo muitos problemas para estancar as constantes invasões espanholas, sobretudo no seu lado direito da defesa, onde Ivanovic vivia um verdadeiro pesadelo para travar as combinações de Filipe Luis e Adrián López.
O Chelsea, a uma velocidade bem mais lenta, nem teve tempo para esboçar uma reacção, com o Atlético sempre a carregar e, depois de uma série de oportunidades, Falcao voltou a parar o tempo no estádio Louis II, aos 17 minutos, com mais um golo carregado de personalidade, voltando a colocar a bola por cima de Petr Cech. Grande golo, mas havia mais. O número nove continuou a ser figura, ainda cabeceou uma bola ao poste antes de completar o seu «hat-rrick», sobre o intervalo, desta vez entre as pernas de Cech, depois de Arda Turan ter feito um «sprint» seguido de um compasso de espera para oferecer a bola ao colombiano, com pediu desculpa pelo atraso com mais um golo.
Ao intervalo estava encontrado o vencedor, não tanto pela impetuosidade do Atlético, mas sobretudo pela forma como o Chelsea se deixou manietar. O melhor do jogo já tinha ficado para trás. A segunda parte foi bem menos emocionante. O Atlético continuou a controlar o jogo e até aumentou a vantagem, com um golo de Miranda, enquanto o Chelsea não conseguiu melhor do que salvar a honra com o último golo de Cahill. A vantagem da equipa de Diego Simeone podia ter sido ainda mais expressiva, como é bom exemplo mais uma bola nos ferros, a terceira da noite, desta vez num desvio de David Luiz para a própria baliza.
Uma final sem portugueses em campo, mas com Raúl Meireles e Sílvio no banco, um de cada lado. Manteve-se a tradição dos vencedores das taças vencerem mais vezes do que os campeões europeus no Mónaco e, sobretudo, a tendência dos espanhóis levarem a melhor sobre os ingleses: em seis finais, seis vitórias para os espanhóis.
No final do jogo, Falcao ficou com a bola. É justo. A noite foi mesmo dele.
Fonte: MaisFutebol
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